Se fantasiou de passado para a festividade,
pensou na vergonha que era se vestir assim.
Depois de algumas horas passadas, de alguns risos ultrapassados e de alguns petiscos vencidos,
se sentiu derrotado e fugiu da festa do momento.
Pulou o muro do quintal.
Caiu do outro lado do tempo por acidente e acidentalmente rasgou a fantasia démodé:
o guardião dos relógios de corda percebeu a tentativa e desesperado apunhalou.
O rasgo denunciou o rosto sob a máscara:
um coração que batia sempre dois minutos adiantado.
Cambaleante, o ex-fantasiado sai abandonando um rastro de dor...
Do outro lado do Muro Demorado, vai se acumulando no caminho percorrido aquele líquido enferrujado.
Ferrugem de por tanto tempo guardar o futuro abandonado.
Quem atravessa o Muro Demorado...
...se fode.
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AUHAUHAUHUHAUHA
ResponderExcluira quebra do final foi mt boa..
tava na hora de atualizar mesmo..
=)