quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Do Muro De Mora

Se fantasiou de passado para a festividade,
pensou na vergonha que era se vestir assim.

Depois de algumas horas passadas, de alguns risos ultrapassados e de alguns petiscos vencidos,
se sentiu derrotado e fugiu da festa do momento.

Pulou o muro do quintal.
Caiu do outro lado do tempo por acidente e acidentalmente rasgou a fantasia démodé:
o guardião dos relógios de corda percebeu a tentativa e desesperado apunhalou.

O rasgo denunciou o rosto sob a máscara:
um coração que batia sempre dois minutos adiantado.

Cambaleante, o ex-fantasiado sai abandonando um rastro de dor...
Do outro lado do Muro Demorado, vai se acumulando no caminho percorrido aquele líquido enferrujado.
Ferrugem de por tanto tempo guardar o futuro abandonado.

Quem atravessa o Muro Demorado...
...se fode.

Um comentário:

  1. AUHAUHAUHUHAUHA
    a quebra do final foi mt boa..
    tava na hora de atualizar mesmo..
    =)

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