quarta-feira, 16 de maio de 2012

Diário de Lisboa . Cuspe

Tenho febre, mas vou buscar nosso dinheiro... Quer saber? Que se dane...Pelo que vai ser? Pelo que já é! E que seja assim, que seja pelo que é. Se ser está difícil, deixa estar... esteja! Essa porra toda é uma piada e tudo que é uma hora deixa de ser. E tudo que nunca foi de repente é demais. É assim. E amanhã não vai ser mais, até porque aqui é hoje, aí é amanhã. E amanhã aqui é longe demais daí. Não faz sentido! Não faz sentido! E a gente cansa de sentido também, não cansa? Tem gente que diz cansar do sucesso e do amor, da felicidade e da paz... que sentido faz? Pra qualquer sentido que se queira ir se acha um significado qualquer. E o tamanho de qualquer sentido é exato da gaveta de qualquer plano antigo. Tá com vontade de sair correndo por aí? Fica aí sentado porque isso é que faz todo o sentido! Sentir um pouquinho menos, meu chapa! Sentido é o cacete! Põe um música pra tocar e se conforma que não tem como fazer parágrafos, se conforma que não tem gente suficiente no mundo pra suprir toda a companhia que se quer. Tira o sapato e chora! Exercita a falta de sentido porque isso é bonito e beleza não precisa de explicação, diferente do que é interessante. Faz da memória um rascunho velho e risca, corta, reescreve, reinventa... Que merda de lealdade ética é essa que se deve a outra pessoa? O que isso tem a ver com caráter, com verdade, com integridade? Qual o problema de se definhar a olhos vistos? De corromper todas as formas de amar, de relacionar, de trucidar os próprios elos como se não fossem mais do que uma teia de aranha ridícula? Faça-me o favor e não me obrigue a ser melhor que ninguém! Antes tenha de mim a pior hipótese, a mais grotesca expectativa. Vou mais é procrastinar cada sonho! Sinceramente, não preciso de nada que já não tenha, e já está difícil administrar esses vícios todos! A bipolaridade é só mais uma psicopatologia de cada um de mim, e este polo aqui está pouco se fodendo pra coerência e pra parcimônia. Eu só não quero precisar me obrigar. É tudo. Adeus.

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